sábado, 18 de novembro de 2017

Sentimentos na Mochila

Somos feitos de uma matéria invisível, tão invisível que por vezes nos esquecemos de lembrar quem somos. Somos feitos e fazem-nos, daquilo que sentimos. Sentimos tanto que às vezes chegamos, mesmo nós, a não nos conhecermos. Cada dia somos outro, cada outro muda-nos. Fomos feitos para sentir, não há dúvida. Só o que não nos disseram foi como. Sentimos mil coisas ao mesmo tempo e essas mil coisas vão ser eternamente nossas companheiras de viagem. Dói sentir a vida. A vida é como que uma passagem de sentimentos de luz apagada. É tão eufórica como serena, tão exuberante como melancólica. Nós somos apenas personagens da vida e, quando crescemos (em comprimento), tornamo-nos pessoas grandes, mas habitamos seres pequenos, frágeis, incapazes de gerir uma coisa tão inútil, aquilo que sentimos. Imaginem se não sentíssemos, ou se conseguíssemos pelo menos não sentir as coisas más... o ser humano nunca vai deixar de sentir, se deixasse, morreria.


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