Somos feitos de uma matéria invisível, tão invisível que por
vezes nos esquecemos de lembrar quem somos. Somos feitos e fazem-nos, daquilo
que sentimos. Sentimos tanto que às vezes chegamos, mesmo nós, a não nos
conhecermos. Cada dia somos outro, cada outro muda-nos. Fomos feitos para
sentir, não há dúvida. Só o que não nos disseram foi como. Sentimos mil coisas
ao mesmo tempo e essas mil coisas vão ser eternamente nossas companheiras de
viagem. Dói sentir a vida. A vida é como que uma passagem de sentimentos de luz
apagada. É tão eufórica como serena, tão exuberante como melancólica. Nós somos
apenas personagens da vida e, quando crescemos (em comprimento), tornamo-nos
pessoas grandes, mas habitamos seres pequenos, frágeis, incapazes de gerir uma
coisa tão inútil, aquilo que sentimos. Imaginem se não sentíssemos, ou se
conseguíssemos pelo menos não sentir as coisas más... o ser humano nunca vai
deixar de sentir, se deixasse, morreria.
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