sábado, 18 de novembro de 2017

Sentimentos na Mochila

Somos feitos de uma matéria invisível, tão invisível que por vezes nos esquecemos de lembrar quem somos. Somos feitos e fazem-nos, daquilo que sentimos. Sentimos tanto que às vezes chegamos, mesmo nós, a não nos conhecermos. Cada dia somos outro, cada outro muda-nos. Fomos feitos para sentir, não há dúvida. Só o que não nos disseram foi como. Sentimos mil coisas ao mesmo tempo e essas mil coisas vão ser eternamente nossas companheiras de viagem. Dói sentir a vida. A vida é como que uma passagem de sentimentos de luz apagada. É tão eufórica como serena, tão exuberante como melancólica. Nós somos apenas personagens da vida e, quando crescemos (em comprimento), tornamo-nos pessoas grandes, mas habitamos seres pequenos, frágeis, incapazes de gerir uma coisa tão inútil, aquilo que sentimos. Imaginem se não sentíssemos, ou se conseguíssemos pelo menos não sentir as coisas más... o ser humano nunca vai deixar de sentir, se deixasse, morreria.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sombras

O que vai ser de nós quando não passarmos de umas meras sombras? Umas sombras pisadas por tantos, umas sombras que já de nada vão importar, que vão cair no esquecimento... Uma sombra incapaz de reflectir aquilo que somos, aquilo que fomos. Sombras de outrora felizes, capazes e hoje perdidas sem certezas para o amanhã. E se não sabes o que vai ser de nós quando passarmos a ser só sombras eu pergunto-te o que vai ser de nós quando o sol se puser e a noite vier...


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Coisas

Existem coisas que não se explicam, coisas que não se contam e coisas que mesmo se quisesse, não se conseguiriam explicar ou traduzir em palavras, em gestos ou em algo que o valha. Há coisas que valem só por si, pela coisa que são. Falo da admiração, do amor, da amizade. Falo de sentimentos e estados que o próprio ser humano nunca vai entender na perfeição ao logo de toda a sua vida. Todos os dias aprende com erros, aprende com tentativas falhadas e tentativas acertadas. Aprende com o saber dos outros. Falo de coisas que nos fazem sentir bem só porque sim e outras tantas que nos fazem sentir mal e não conseguimos tirá-las da cabeça mesmo sabendo que é errado continuar a pensar e insistir no mesmo. No fundo, vivemos a vida a achar, a ter ideias e a tentar pô-las em prática para que a vida corra naturalmente como desejamos. Até aí, tudo bem. Depois, junta-se uma outra coisa... E que coisa essa! O Sonho: os desejos mais verdadeiros, mais cegos e mais loucos que podemos imaginar para a nossa viagem pela Terra. É aqui que tudo parece desabar em dias de chuva e céu cinzento, ou então não, pelo contrário, temos aqueles dias maravilhosos em que acreditamos que tudo vai dar certo e andamos pela rua felizes como se a nossa música preferida tivesse a tocar em todo o lado e nada mais nos incomodasse o ouvido.
A verdade é que a importância das coisas é inquestionável. Uma coisa nossa vale mais do que aquilo que possamos imaginar só por ser nossa e a ela ter associada a nossa pretensão mais verdadeira... das coisas, claro está!

O que é certo é que também a vida é uma coisa, uma coisa que vamos descobrindo a cada dia que passa mais uma coisa sobre ela e da qual só queremos, por norma, tirar coisas boas, coisas alegres e coloridas para essa coisa indeterminada que é a vida.



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Luzes em linha reta

As luzes da cidade brilham
Brilham de clara nitidez aos olhos de qualquer um, mas brilham
Não entendo a vida lá fora.
A mim, que já pouco me resta sentir, ou nada
Apenas as vejo no escuro com um desfoque quase impercetível da unidade
Apenas me sinto apagado a cada rua que cruzo
Para mim, não brilham,
As luzes da cidade.
Não há vida, não há vontade, nem sei o que é isso de ser pessoa e sentir!
As luzes da cidade brilham,
Brilham para elas que pensam saber e não sentem,
Brilham para todas elas que não sabem o valor da palavra
Deve ser por isso que não sei hoje o que é brilhar,
Não sei hoje o que é ser!
As luzes da cidade continuam a brilhar, 
mesmo hoje eu sendo incerto.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

O sonho que sonhei

Sonhei com o teu beijo, com o teu toque. Sonhei com a tua magia sobre mim a enfeitiçar-me e a transportar tudo o que é belo para um mundo de fantasia! Sonhei que caminhávamos juntos de mãos dadas pelas areias de uma praia qualquer, corríamos a sorrir como dois verdadeiros amigos que têm as suas brincadeiras que só eles as entendem! Sonhei este sonho e aquele a até mesmo mais algum! Sonhei contigo, connosco! Com uma casa com jardim e um cãozinho de um lado para o outro a espalhar vida por aquelas quatro paredes! Sei que foi sonho e não uma realidade embora por minha vontade seria uma mistura dos dois porque a realidade só é feliz quando com ela vem acompanhada do sonho que traz o alento necessário para se acreditar cada dia que vem que vale a pena estar vivo e que os planos se estão a traçar mediante algum ideal! 
Sonhei ontem e sonho hoje! E agora? Talvez vá sonhar mais na ideia perfeita de te ter aqui comigo, aquecer-me nos teus braços e partilhar mil e uma histórias de infância contigo. Abrir aquele baú das recordações e fazê-las reviver uma a uma. Talvez contar aquele segredo que nunca antes contei a ninguém. Dar-me a conhecer e conhecer o teu conhecimento sobre mim. Uma vida a dois, uma vida sonhada, idealizada numa pálida noite passada em claro onde as ideias pareciam tão mais óbvias. Um mundo diferente daquele em que hoje vivo! O sonho, que me embala no sono à noite e me faz acordar na próxima manhã com ideias novas e força para transformá-las em ações! 
Agora nada mais quero que adormecer! Vou pedir ao sonho que te traga até mim e até lá, vou sonhando o sonho que sonhei! 


quinta-feira, 4 de abril de 2013

(IN)Destino

Talvez não seja a caneta a falhar, talvez algo te diga para não escrever, algo te chama à razão para o real. Mas do que seria o real sem o irreal?
Talvez aquele ardor no nariz a puxar a lágrima da emoção seja o melhor, ou talvez não.
Pode a música já não te embalar à noite nem te alegrar o dia. Pode até o vento soprar contrário às tuas convicções. Até o tempo insiste em chover enquanto tu queres dias de sol quente.
Mesmo assim, até o escuro continua a ser o teu melhor amigo, o que está lá na altura de decisão e pensamento.
Pode a comida já nem te saber ao mesmo e as brincadeiras que tinhas já não serem o que eram dantes. Mesmo os medos que até então te atormentavam, hoje são inexistentes e funcionaram como sempre, numa aprendizagem e num complemento pessoal.
Mas independentemente de tudo, tu continuas aqui. Escutas a mesma música e ris dos mesmos motivos. Não perdeste aquele teu sentido de humor que sempre te caracterizou e ainda choras por algo que para ti é desconhecido até então. No fundo, vives e nada mais!
A verdade é que o real é feio, escuro e sem graça. O sonho é tão mais bonito e colorido, e faz acreditar, vibrar.
Talvez no fim, a vida se resuma a um sonho, ou não. Mas de que vale viver todos os desafios ridículos do real se no final acabamos todos por ter o mesmo destino!?
Talvez seja melhor passar todo o tempo a viver no sonho, no final de contas, quem passa a efémera aventura da vida a viver no mundo irreal completa as mesmas etapas do jogo e chega ao final com o mesmo mérito… 


domingo, 24 de março de 2013

O que importa no final?

As pessoas julgam-te sem conhecer!
Fazem uma ideia errada de ti, criticam e apontam o dedo.
Vão sempre falar, mesmo que tu faças bem ou mal! Não adianta lutar contra isso, vai ser sempre uma constante.
Vai sempre haver aquele amigo que acreditou no que lhe contaram a teu respeito, aquele amigo que nem te vai questionar, apenas acreditou e barrou o contacto contigo. Vai haver sempre aquele desconhecido, que não passa disso, um desconhecido, que só porque sim não gosta de ti.
Vais ter sempre de lutar e justificar coisas que não fizeste mas que te irão sempre acusar!
A culpa de alguma coisa vai ser sempre tua mesmo que nunca tenhas tido qualquer contacto com o assunto em causa!
Se por acaso erraste em determinada situação, esse erro vai ser sempre a tua cruz, qualquer propósito relacionado com isso já sabes, foste tu!
Vai haver sempre aquele rótulo estampado na tua testa, mesmo que ínsitas em retirá-lo, descansa, alguém vai encarregar-se de o meter!
Vais sempre chorar ou lamentar-te por algo injusto e os olhares desviados irão sempre te acompanhar! Vai ser nesta altura que entendes que a vida não é justa mas que também não podes fazer nada para mudar isso!
Não vai acontecer nem uma, nem duas vezes! Vais chegar a casa e pensar no «porquê» de tanta injustiça e mesmo mostrando aos outros que não te importas do que te acusam, por dentro tu sabes o quanto custa!
No fundo, conforta-te a ideia de estares inocente e de que as pessoas não são o que parecem!
Mas também vai acontecer o lado inverso, vais ter aquele dia em que te irão pedir desculpas por algo que te disseram, ou acusaram e aí és tu quem decide o que fazer!
A roleta da vida não para de girar, dias de sorte acontecem mas os de azar parecem superar, no entanto, vive com alegria e toda a emoção os dias de sorte e deixa apenas passar os dias de azar… No final da viagem vão ser os dias de felicidade os que vão bater na tua memória, os que te vão fazer soltar aquela lágrima de saudade boa!
A ideia está em viver o momento, mesmo que isso te assuste. Aquele susto que cria adrenalina, mas que depois de superado é só a maior prova de que se está vivo!
Não será só aproveitar o momento, mas sim todos os momentos. Os menos bons, encarar como uma aprendizagem e os realmente bons, vão ser aqueles guardados no nosso próprio diário, na maior aventura de todas, o nosso percurso, a vida! 


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Apenas uma parte de mim

Conta-me como foi. Onde foi. Fala-me das nossas brincadeiras, de quando éramos crianças. De quando jogávamos à apanhada e saltávamos no jogo da macaca. Mostra-me de novo tudo o que te ensinei, isso foi apenas uma parte de mim. Partilha as nossas descobertas e glorifica os nossos azos de puro riso!
Foram tempos que permanecem na memória. Agora estão na ponta de uma caneta espalhados por um papel, e tudo isso continua a ser apenas uma parte de mim.
Não contes os segredos partilhados. São eles que fazem de nós o fomos e seremos.
Não sei bem quando, mas vi-te na rua. Estavas diferente, com bom ar, crescido, fumando um cigarro, talvez de maneira diferente com o mundo. Eu sinto-me igual. Com mais anos, é um facto, mas igual naquilo a que chamamos a nossa maneira de ser. Continuo louco, com piada, nostálgico, estridente aos olhos dos outros, criticado pelo que não faço e pelo que faço, mas isso é apenas uma parte de mim!
Talvez um dia também tu me vejas por aí, quem sabe!? Talvez relembres um dia a nossa história que também começou com um típico «era uma vez». Talvez hoje também tu me julgues sem saber o porquê das coisas, sem saberes todas as águas que correram estes anos todos, talvez. 
Sim, eu sei que todos falam que eu ando numa vida de loucura, que todos se aproximam de mim porque de algo lhes vai valer, mas isso é apenas uma parte de mim.
O facto é que nem nada nem ninguém me quebra, me derruba ou me deixa cair no fundo! Talvez seja essa a nossa diferença, não sei.
Talvez no dia em que me vires na rua, eu esteja a cometer um crime ou algo do género, mas se o fizer, tu não sabes porquê! Talvez não me ajudes se eu tiver em perigo e talvez nem vás ter comigo se eu tiver num pódio de fama, talvez, quem o saberá!?
Não fales a ninguém dos meus sonhos, como sempre te falei, são os meus sonhos, que são apenas uma parte de mim.
Olha-me de longe, do outro lado da praça, sem te aproximares, aquilo que vais ver pode ser o que não sou mas o que queres que seja ou o que os outros quisessem que fosse. E mesmo que vejas a parte certa de mim, que adianta!? Vai ser sempre e apenas uma parte de mim!
E se nada mais me tiveres a dizer quando te cruzares comigo, sorri e continua o teu caminho, não me vou importar!
Tudo o que acontece na minha vida que fica aos olhos de todos é apenas uma parte de mim! E quem eu sou ninguém nunca o saberá, nem mesmo eu, que todos os dias me descubro!
Agora, aquele miúdo que tu acreditaste que eu era!? Até podia ser real, mas hoje já não o é, apenas foi uma parte de mim…


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Agarra a minha mão

Anda comigo, vou contar-te um segredo, cantar-te ao ouvido, balançar para cá e para lá, correr de mão dada, jogar à apanhada, contar até vinte e procurar por ti. Dedicar-te poemas e canções, comer gomas e chocolates! Ridículo!? É assim que o amor é, ridículo. É um sentimento expresso por palavras, ações, gestos, silêncios, por tudo, mas fica-se sempre pela metade, o tudo que parece nada e não chega a tanto. Uma explosão um tanto ou quanto estridente pelo pensamento. Um coração que bate mais forte quando sente que é amor, o não saber o que dizer e gesticular demasiado com as mãos ao se tentar fazer entender, (mas o amor não se entende). Um jogo inconstante de busca e encontro, por vezes desencontro, mas quem sabe não será o melhor. A solidão acompanhada pelo suspiro de felicidade que um choro por vezes proporciona na melodia da tua voz. Ver beleza em tudo, ver que o mundo é bonito, que a vida é bela e que tudo hipoteticamente corre bem!
As cartas de amor que por mais beijos de batom vermelho ou versos de rimas cruzadas irão sempre ser ridículas!
Vamos, entrelaça os teus dedos nos meus, vamos ser autênticos. Entrelaça até sentirmos a palma da mão a suar, o coração a fervilhar.
Vamos de rasgão a um parque infantil, recordar os tempos de glória em que a infância foi marcada pela inocências dos atos, vamos recordar a simplicidade como um dever fácil de atingir, uma meta de felicidade a alcançar! Balança-me nesse baloiço, embala-me no anoitecer de um dia de Inverno! Canta comigo desafinado para soar a puro. Apenas afina o teu pensamento com o meu e o restante vem por acréscimo!
Agarra-me na mão como se de um gesto de proteção se tratasse. Agora, guia-me pela praia fora ao som tenebroso que o mar faz ao embater nas rochas, traça o destino ideal para nós, confio em ti! Deixo-me levar ao sabor da tua guia, acompanhado do vento que insiste em soprar forte na minha face. Foram opções, escolhas e caminhos, que eu aceitei, optei e decidi! Neste momento, apenas te peço isso e só isso, agarra a minha mão!   


sábado, 29 de dezembro de 2012

Balanço

Foram encontros e desencontros, ilusões e desilusões, paixões e amores à deriva. Risos desmedidos com lágrimas a intercalar. Foi uma panóplia de sentimentos, sucessões de momentos, corridas contra o tempo, descobertas com um quê de aprendizagem anexada! Uma continuação de um caminho, com obstáculos por saltar e pontes por atravessar, que nos levam bem onde pretendemos ir. A necessidade da aventura, do crescer junto e da mudança! O engrossar da voz perante assuntos dos quais queria discutir e tomar partido com a minha posição vincada!
Despedidas e abraços sem sentido. Noites escuras em claro a esperar os primeiros raios de sol da manhã! Conversas alucinantes sem tom qualquer de importância, por vezes grandes desabafos e confissões que conferiram a alguns o papel de Amigo, ou quase… A incidência em algo que se previa impossivelmente possível para mim mas que com o passar do tempo se tornou possivelmente impossível. A balança, de um lado a pesar o certo e do outro o errado, como se tivesse o coração de um lado e a razão do outro! A incerteza que levou a decisões sem sentido. A dúvida constante que sempre ouviu o coração e deixou de lado a razão. Razão essa que o coração desconhecia, e até mesmo eu! Voltas de cento e oitenta graus para a frente e cento e oitenta graus para trás, o achar que se tem tudo o que se precisa num dia e no amanhecer seguinte achar que nada se tem, sentir aquela sensação de derrota e desalento naquele dia que chega ao fim.
Acreditar na memória como um bom livro de recordações e fazê-las reviver uma a uma. Suar e sacrificar pelo objetivo de vida que se traçou. Orgulhar-se das vitórias e honrar todo o esforço despendido. Balançar todos os ingredientes da vida como se de uma poção mágica se tratasse!
Acreditar e ter a certeza que nem tudo é mau, ou melhor, que nada é mau, tudo foi uma lição e cada uma teve um sumário diferente e um propósito igualmente diferente! Amar a vida na sua totalidade, com todos os erros e com todas as lágrimas, mas acima de tudo valorizar o sorriso, o amor e a alegria!  
No fundo, brindar à vida num cálice cristalizado imbuído em votos de felicidade, esperança, talento e persistência pessoal! Brindar a mim, a ti e a nós! Saúde!


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Nada

Não foi amor
Não foi um estímulo
Nem tão pouco uma paixão
Não foi a sensação de borboletas no estômago ou lá o que lhe queiram chamar, sei lá… Querem saber? Nem eu sei o que foi, só sei que foi!
Quem ainda acredita no amor, na paixão, na eternidade? Quem é que pensa que o “para sempre” existe, com certeza também acredita no paraíso!
Acreditar ou não acreditar, de nada faz diferença se somos o que não queremos porque os outros o querem!
As realidades inatingíveis são para quem tem tempo para pensar nelas, ora eu, sonho com o possível que determino todas as noites na escrivaninha de madeira no meu quarto enquanto solto palavras à deriva, por vezes sem sentido, no meu livro de histórias irreais.
Não! Não quero saber do que são os sentimentos feridos nem a felicidade momentânea, nem que me embalem na mais bela canção de amor! Cansei, fartei e já chorei… em tempos! E desses sentimentos deitados por terra o que guardo é pouco mais que poeiras ou mesmo um vazio que me enche a mente de alegorias assombrosas!
Nada, é como me sinto hoje! Um nada que dói!
Penso e tudo fica na mesma, falo e nada muda, faço por agir e tudo em igual permanece. Mudarei eu alguma coisa por pensar mais e diferente?
Quer me parecer que não! Portanto hoje, mas só hoje, sou mesmo isso… nada!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Missão de vida

Quem nunca riu? Quem nunca chorou a rir? Ou simplesmente quem nunca chorou apenas?
A viagem começa no primeiro choro que é de felicidade, depois as alegrias vêm sucessivamente, habituamo-nos a ser felizes e reparamos que a tristeza em nos é estranha! Mas tudo começa quando começamos a ter noção da existência, e é um mar de descobrimentos em busca do nosso próprio ser, da nossa verdadeira essência. Gostamos de descobrir tudo, mesmo as coisas más, mas apaixonamo-nos de imediato pelas boas, o amor surge, surge sem procura, e é sempre uma descoberta constante ao longo de toda a vida. E é aí que tudo muda, a felicidade, a tristeza, o choro e os risos! Tudo isso passa a ter um valor diferente, a ser vivido de maneira diferente e a ter outro significado que até então desconhecíamos. O amor é o ponto de partida para tudo, o ponto de partida para uma vida! Não haveria vida sem amor, portanto apenas começamos a viver quando amamos! Vivemos então nas descobertas sempre em movimento, nos planos que fazemos para nós, mas a verdade é que todos esses planos são nos delineados pela vida, não pela nossa vontade ou desejo! Vamos seguindo o nosso caminho, tropeçando e aprendendo, escorregando e mantendo-nos firmes e quando caímos levantamo-nos, como sempre teve de ser desde o primeiro passo e a cada obstáculo tornamo-nos cada vez mais fortes! Chega o dia em que iremos olhar ao espelho ou mesmo num reflexo de água parada de um rio e vamos reparar que somos capazes de tudo! A história foi feita, pelo menos um objetivo concretizado e a certeza de uma pessoa amada! Será então a sensação de missão cumprida? Pois não, o segredo é dia após dia reinventar o amor, reinventar a paixão, reinventar a vida, aprender com o sol e com a lua, entender a necessidade da luz e do escuro, viver entre os intervalos da chuva e quando necessário estar mesmo debaixo dela e refrescar as ideias, abrir a mente a todos os nossos desejos sem pensar ou questionar! Viver e apenas viver, é isso que se pede a cada um de nós sem qualquer imposto sobre a felicidade!



quarta-feira, 11 de abril de 2012

[Des]coberta

Viajo ao som da mais bela balada de amor que me envolve e me transporta para um lugar que eu próprio desconheço.
Toca, toca tão suavemente que interseta o meu ouvido e alucina-me a mente como um truque simples de magia.
Encontro aquilo tão procurado universalmente. E essa tal descoberta fica para mim, na metade, porque tenho medo, porque fujo, porque não o sei e porque no fundo até sei!
Deixo-me então ser levado nessa louca aventura que me empurra para a corrente forte de um rio sem ponto de chegada conhecido para mim.
Sinto uma brisa passar-me na cara que me neutraliza por dentro, me limpa de ódios, de rancores e de tristezas. Fico ali, despido de tudo, como uma árvore que perde as suas folhas verdes estação após estação!
Sou dono da vida, da minha que é minha. Mas nela tenho os sonhos, que não são meus, então, de que posso ter eu a certeza?
Apenas da incerteza que, sucessivamente me tem surpreendido. E os sonhos que permanecem na minha mente, ganham asas com a chegada de novos ares, de novas terras, de novas pessoas e de novos pensamentos, que não irão passar disso, de pensamentos despejados em mim que não saíram à rua por serem os certos, mas os que ninguém concorda ou quem concorda diz discordar.
Agora, a certeza que tenho é que o som que me transporta é o do batimento da vida, do pulsar do meu coração ao encontro daquilo que quero! 


quinta-feira, 1 de março de 2012

Viagem

A existência é sempre uma dúvida constante. As perguntas são do mais variado tipo: “O que sou? Quem sou eu? O que faço aqui?”. Nada sabemos, apenas vivemos para aqui e para ali conforme a vontade que nos deram. Fazemos tudo, achamos que tudo está bem e são dias e meses sempre rotinados em que habituamos todo o Mundo a ver-nos com um sorriso esboçado na cara. Mas chega a noite, e nesse dia que anoitece, sentamos o nosso corpo já cansado de uma viagem sempre igual e pensamos outra vez naquela dúvida! Mas afinal, o que sou?
Não sou o que eles pensam, apenas de mim sabem o nome, desconhecem a partida e a chegada, desconhecem o destino, assim como eu, que vagueio e vejo sempre o mesmo, que me escondo e continuo a não ver nada, que fujo que nem um louco e parece que encontro sempre o mesmo.
Vou viajar! Talvez me faça bem, sentir outras coisas, ver pessoas, ver cidades com casas altas e ver o Mundo de outro ângulo. Viajar para me conhecer a mim primeiro. Viver com o que sou, descobrir o que ainda não sei, afastar-me do comum que ainda hoje é todo meu e possivelmente alcançável, mas indesejavelmente o desejável.
Foi a alternativa que encontrei, estas interrogações iriam derrubar-me. E fui, na esperança que na viagem me encontrasse, desse comigo tal e qual como sou, e mais tarde, irei regressar e talvez ninguém me conheça, nem mesmo eu!  


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Querer

Hoje quero o infinito.
Quero-te a ti,
Quero a felicidade,
Quero viver!

Quero-me despedir delas, que só me têm feito mal!
Quero jamais fugir dos meus medos,
Quero ir ao teu encontro,
Quero derrubar qualquer preconceito deste Mundo!

Quero ser a geração da Mudança, ou melhor, já sou! Quero correr à frente do tempo, para viver tudo à flor da pele. Quero um sorriso sincero nos lábios de quem me beija na rua, quero um abraço forte daqueles que me chamam de Amigo, quero uma palavra verdadeira, seja ela boa ou má, das pessoas que eu amo. Quero no fundo, viver num Mundo sem farsas, num Mundo verdadeiro. Não quero que pessoas me apertem a mão se não gostam daquilo que sou, não quero a cortesia dos conhecidos nem a honrosa falsidade daqueles amigos! Não quero, já disse que não quero!
Quero ser como um relógio, sempre em movimento que até parado está certo duas vezes por dia. Quero erradicar os rótulos que me cegam! Quero cultivar a verdade que me ilumina, quero amanhã acordar e ver um dia lindo com um sol normalmente quente! Quero uma água fresca e uma fruta que seja da época! Quero ver o Mundo cantar em nome daquilo em que efetivamente acredita! Quero a nova geração toda aqui, com a devida exclusão de poeiras que ainda planam no ar! Quero tudo e não quero nada! Quero tanto e quero tão pouco! Quero a multidão junta e quero um segundo a sós com a minha ausência! Quero as ruas cheias de música alegre! Quero acabar com tudo o que me enevoe-se a vista!
Hoje, quero alguma coisa tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa para esta sociedade suja e gasta! Quero a junção de todos os continentes e o abraço dos irmãos distantes! Quero a união duradoura e não a diversão efémera! Quero sentir tudo na palma da minha mão! Quero, portanto, aproveitar esta estadia no globo, ver de vários ângulos a mesma coisa e perceber que a cada olhar tudo me parece diferente. Quero conhecer, concretizar e assimilar!
Assim que chegar a hora, quero partir e jamais voltar, deixar a minha história escrita num bilhete posto numa garrafa que andará à deriva no mar turbulento, depois, quero partir num barco pelos caminhos de um rio, dispensando as flores e preferindo pedaços de canções de amor em papéis às cores!
Vivemos a vida toda a querer, mas é simples, o que fazer durante toda ela, querer, ou não querer?
Se quisermos alcançamos, se não quisermos, não vivemos!


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pessoa

Vou em busca de algo desconhecido, caminhando com uma postura direita e um olhar confuso.
Ouve-se o cantor de rua na esquina, ao fundo da avenida, acompanhado da sua tralha sempre fiel. O chilrear dos pássaros é ensurdecedor como a chuva que apregoa a chegar com os flashes emitidos lá de cima que atormentam uns pobres diabos que ainda pela cidade deambulam. E é aqui que me encontro, nesta cidade cheia de nada e vazia de tudo!
Desço então a rua calcetada em direção a alguma coisa tão incerta como a vida. Não sei porquê, mas hoje parece-me mais distante, talvez seja mera impressão minha, mas o certo é que algo está diferente. O ar respira diferente, o som mudou, a paisagem cresceu. Esta cidade parece enorme demais para os habitantes que acolhe nela. Há as casas, as árvores, as lojas, os jardins, os centros comerciais, os hospitais, e os parques infantis. Mas falta algo: As Pessoas!
Onde se esconderam? Ou será que andam aí, mas completamente vazias daquilo a que “chamamos” de consciência ou lá o que seja, aquilo que eventualmente fará delas Pessoas. Estas pessoas estão ainda fechadas no armário ou caladas na voz da sua razão! O que vemos por aí são apenas rótulos forçados aos quais lhes foram impostas ideias de ontem! As pessoas de hoje andam confusas, e as de amanhã ainda estão escondidas!
Sol após sol vejo tudo igual, as portas continuam fechadas e bem trancadas, mal se ouve o respirar entre as fechaduras, elas insistem em não sair, e ficar incumbidas no seu Mundo, aquele que precisávamos de ver cá fora! Torna-se necessário de viver num espaço sem barreiras. Não é preciso derrubar nenhum muro com a força de um  homem, este muro é apenas um pensamento preconceituoso em relação ao diferente, e localiza-se simplesmente na cabeça dos vultos que por aí vagueiam. Mas parece que o diferente ainda faz confusão a estas pessoas que tanto se gabam da inovação, do progresso, e de se encontrarem tão à frente no tempo, com mentalidades abertas e nada conservadoras. Pois é, acontece que tudo isto é dito da boca para fora apenas para servir aquilo a que, nesta sociedade se dá mais importância, ao estatuto social, e quando se fala em novas ideias, assiste-se a uma perfeita intolerância.
É então que ainda acredito que haja Pessoas nesta cidade, neste mundo em que vivemos e que não queremos apenas deixar a nossa passagem como figurantes, queremos de alguma forma, nem que seja apenas para uma pessoa, marcar a diferença, isso sim, já é um grande feito!
Hoje e sempre, irei viver na tão esperada esperança que elas ganhem força para que mostrem que são mais do que aquilo que pensam, para que mostrem ao Mundo afinal, o que é realmente ser Pessoa e deixem a sua marca nesta efémera aventura que é a vida!


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O grito que sai para dentro

Escrevo sem nunca ter lido,
Fotografo sem nunca ter visto,
Vivo sem nunca antes ter vivido!

Deixo-me embalar pela brisa que chega com o renovar de cada estação, vivo ao sabor do vento, ao som da chuva nas vozes intimidantes da multidão.
Deambulo pela cidade deserta na esperança de um foque de luz, algo que me leve a ser, pensar, fazer e agir!
Algo por que espero há anos!
Talvez seja antagónico pensar que se pode viver ao sabor do vento quando se espera por algo enquanto se vê a vida passar. Mas talvez tudo seja uma ilusão, algo perdido e esquecido entre escombros de uma floresta ardida.
Nada mais faço que pensar. Pensar em ti, em mim, e em nós, no hoje que amanhã será ontem, na vida, que ainda hoje é só minha!
Talvez não devesse perder o meu tempo para aqui a salpicar um resto de papel com palavras sem sentido.
Já não quero mudar o pensamento de ninguém, nem tão pouco mudar gerações, já bastou, cansei!
Já nada importa na guerra quando de um lado está o herói e do outro todos os opositores e os que o apunhalaram pelas costas. Já não importa, já não sou nada, apenas me resumo a uma folha de papel e tinta!
É agora que fico aqui à espera que uma voz se levante e, continue firme nesta luta que hoje deixei. Já perdi muito ao despedir-me do comum e correr rumo à minoria. Foram tempos em que pensava poder mudar o mundo com um gesto ou até uma simples mente, mas essas já são de ferro e impenetráveis, foram tempos, em que marcar a diferença era a ordem do dia, agora já não. Voltei ao comum! Derrotado, como um soldado fugido da guerra!


domingo, 23 de outubro de 2011

A Mudança

Sinto uma brisa diferente, mais fria do que o costume, mais forte e menos bonita.
Vejo a imensa chuva que cai e ressalta no chão e molha quem passa. Sinto o cheiro triste das folhas pisadas na grande avenida e o aroma quente das castanhas que são vendidas para aquecer as mãos de quem as compra.
Vejo tudo nesta cidade! Mas onde estou eu?
Será que no meio de tudo isto me consigo encontrar e dar comigo nos intervalos de chuva que passam tantas caras apagadas?
Já não vejo o sol, esse despediu-se por uns longos tempos, o castanho cor de avelã que os meus olhos tinham, passam a um castanho escurecido!
Vejo tudo de forma igual, apenas esta chuva que me molha os pés me deixa desconfortável. Talvez ouvi-la a bater nos estores quando estou em casa não me faça diferença, mas quando piso o terreno a descoberto onde ela incide a opinião muda, e sinto tanta injustiça nesta sociedade!
Parece que tudo fica tão feio, só me apetece fugir!
Mas hoje vai ser diferente!
Vou sair de casa de mente aberta e completamente natural, vou deixar-me tão simplesmente ser molhado por ela, vou atingir aquele estado do nada em que não vou pensar, nem que seja por um efémero minuto, vou limpar a mente de tudo o que são vultos de lençol branco e ódios, vou deixar o vento me guiar pelos caminhos da chuva, no fundo, vou viver sem me preocupar com nada! Vou ser feliz aproveitando o que cada dia tem a oferecer sem pensar no passado, vivendo o presente sem planear o futuro! Vou viver!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sociedade ignóbil!

Será a verdade relativa?
Pois bem, o certo é que cada indivíduo tem a sua verdade, acreditem ou não, fazer ouvir a voz do mensageiro é um assunto que apenas diz respeito à integridade moral de cada um.
Muitos vivem na farsa, escondidos na luz de um candeeiro apagado à escuta de valores pouco positivos acerca de outrem, para daí tirar partido e, fazer-se elevar no seu estatuto social. E tudo isto porquê?
Por falta de assunto, por maldade, inveja, ou tratar-se-á apenas de uma mera forma de vida?
Talvez não se possa criticar as pessoas que mentem, se assim o fazem como um ideal de vida, mas em qualquer ideal de vida, a verdade é um valor, logo a mentira não pode, de maneira alguma, ser tomada como uma atitude trivial, à qual se assiste desde sempre. Caberá ao bom senso mudar isso, mas a cada passada levantam-se novas questões. Será o bom senso um conceito universal?
Pois, pergunta essa com resposta negativa. Torna-se então difícil de apurar a relatividade da verdade e assim, mesmo sem se saber, cai-se no erro da mentira, ou na coisa certa, claro esta!
E o emissor da verdade, poderá ser culpado por acreditar na “verdade” que lhe chega aos ouvidos?
E assim, andamos nós num ciclo vicioso, numa roleta russa que em cada disparo pode soar verdade ou mentira, mas lá esta, são mais as vezes que a verdade vem seca do que cheia de teor.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Fartei

Hoje sinto que pessoas são sombras, mas sombras não sentem!
Talvez um olhar exterior perante mim veja apenas uma pessoa carregada de ódios, mas não. Classifico-me apenas como um ser que não é compreendido, um ser que não aceita o comum e questiona e duvida da existência de sentimentos nas pessoas. Pessoas como as de ontem e como as de hoje! Talvez amanhã ao despertar e a passar as mãos nos olhos de uma noite de reflexões perceba que o problema sou eu, que eu penso errado, que quem não sabe sou eu… ou talvez não! E se tudo se permanecer igual quando soar a madrugada do meu despertar, o que hei-de eu fazer?
Pois é, todos os dias me confronto com estas interrogações ás quais tenho medo de encontrar repostas.
Encontro-me com o medo, acendo a luz da felicidade, mas ela apaga-se, como se fosse uma vela a arder ao vento!
Vou fugir! Esconder-me! Ou continuar a correr que nem um louco em círculos…
Não consigo, nem nunca conseguirei entender aqueles seres estranhos de coração distante e frio.
Fartei completamente! Vou continuar a ser o olhar não conformado com este presente e o futuro que virá. Sigo então aquele caminho que me parece o mais acertado, e caso este não o seja, voltarei a levantar-me do chão, de uma só vez, e sozinho, como sempre assim o foi, e nunca precisei de ninguém!



domingo, 21 de agosto de 2011

Na base do amor

Não importa se faz sol ou se cai chuva em pleno mês de agosto. O importante é contemplar o mar coberto de ondas inconstantes e cruzar essa maravilha com o teu olhar que faz bater mais forte o meu coração. É uma questão de minutos, e até segundos, momentos que valem por si, e que só têm o valor que têm por serem vividos por dois corações apaixonados e unidos.
Vimos o sol se pôr e o sol nascer, e também a lua nos presenciou naquelas noites frescas de verão, e a cada dia que passava o nosso sentimento crescia mais e mais.
Foi nas areias daquela praia que tudo começou, mesmo sem darmos conta do que se estava ali a formar.


O meu coração está quente
Lá vive o teu amor
Por mais que eu tente
Não vivo sem o teu calor

Nas horas de saudade
Percorro na memória
Momentos da nossa felicidade
Que os marco em tom de glória

Já podíamos escrever um conto, mas prefiro deixar tudo em aberto com hipóteses de se vir a tornar num livro, portanto deixo em cada noite o meu pensamento com um seguimento de reticências, sempre à espera que a tua felicidade contínue a aquecer o meu coração, só assim sou feliz!



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Deixa

Deixa o vento soprar e sussurrar-te ao ouvido a verdade do nosso amor.
Deixa o vento passar no teu cabelo e embalar-te nos meus braços.
Deixa o vento trazer até mim o teu cheiro, a tua pele, o teu beijo.
Deixa-me ser teu, nem que seja por uma noite. Nesta linda noite, de céu limpo e estrelas cintilantes acompanhadas de uma lua nova como testemunha da nossa paixão.
Deixa-me cantar em teu nome, percorrer as ruas com a tua mão na minha sobre as árvores daquela longa avenida.
Deixa durar a noite, sem esperar o nascer do sol, contemplando a maravilha do meu olhar cruzando o teu.
Deixa ferver o coração no pensamento da paixão, deixando escapar um sorriso por entre as emoções despertadas.
Deixa tocar o sino da igreja e ao bater de cada badalada, sente cada pulsação.
Acabada a noite, deixa o sol nascer e presentear-nos com aquela luz que só ele sabe, aqueles raios quentes de uma madrugada primaveril que chegam para iluminar a tua bela cara, fazendo realçar o brilho dos teus olhos.
Deixa-me ser o teu guardião da noite e o teu anjo do dia.
Deixa correr a vida!
Deixa guiar-te pelo vento e avançar no seu percurso, sem olhar para o que já foi pisado, deixa!
Façamos um brinde à vida, e promete-me, deixa a felicidade entrar, o amor vingar!


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Somos o que somos

Sorrimos e cantamos, choramos e calamos.
Somos a voz que não se faz ouvir, a voz que cala quando uma outra se levanta. A lágrima que seca no rosto quando a vida nos ensina uma lição.
A música que antes era descontraída e alegre, passa a um som austero e triste que a minha mente absorve.
O sorriso escasseia entre a multidão e a tristeza é nobre.
A pequena figura de um jovem, diminui aos olhos dos outros, mas a fraca aparência esconde às vezes muita fibra.
Somos o vulto que, ou repassa por entre a multidão, ou é o touro de uma praça cheia.
Temos a voz deslocada, o olhar assertivo e o ouvido cansado, que é como se fosse uma entrada livre a quem quiser entrar, sem pedir nem pensar.
Há dias em que nos sentimos assim, no fundo, no nada! Mas com o amanhecer de outro dia, sentimos que nada está acima de nós, apenas a chuva, que mesmo assim nos cai aos pés!
Esta força vem de dentro do que realmente somos e valemos, e toda essa força torna-nos num ser forte, consistente e firme.
Somos o que somos em todas as orações, fecha os olhos e sente as minhas emoções.


sábado, 1 de janeiro de 2011

Cada raio, cada emoção despertada!

Hoje vi o nascer do sol!
Ai, que coisa linda, é ver a noite transformar-se em dia assim como se fosse um truque de magia. E sim, foi mágico! Durante todos aqueles segundos que antecipavam a chegada daquela enorme bola de fogo que traz tanta alegria quando brilha para todos, pensei em tudo, tudo o que este ano que passou me deu. Foram flashes e flashes seguidos de memórias das quais jamais quero esquecer, todas elas me fizerem ser o que sou hoje. Coisas boas e coisas más, é certo, mas todas elas foram importantes para seguir a minha rota. E hoje sou feliz!
Cada raio de sol que iluminava a minha face, gerava mais um sorriso, mais uma emoção, uma lágrima ou uma recordação de momentos únicos e inesquecíveis que marcaram este ano.
Foi então que de um instante para o outro as nuvens se abriram em cima de mim. Vi um céu azul, e a noite já lá ia bem ao fundo enquanto o sol me saudava com aqueles raios mornos de uma manhã de inverno.
O sol quando nasce, nasce para todos, e hoje nasceu para mim, e eu estava ali para ele. Foi mágico, não me importa que não percebam, mas é nas coisas mais simples que se encontra a verdadeira beleza.
Depois daquele espetáculo natural ao qual assisti, fui descansar o sono por uns momentos, mais feliz que nunca, mais iluminado que nunca.
Deste ano que já entrou, só espero continuar a ser quem sou e ser para os outros o que eles já se habituaram.
É com um enorme sorriso na cara que começo este ano, e duvido que alguém o consiga derrubar, sinto-me tão forte!
Só faltava mesmo o sol descer lá de cima para me beijar!


sábado, 18 de dezembro de 2010

Voar

Vagueando à sorte pelas areias daquela praia, acompanhados por uma brisa fresca, um sol escondido entre as nuvens já cinza, e um mar inconstante coberto de ondas suaves.
Tudo está perante os nossos olhos, mas não é só isso que vemos. Juntos conseguimos ver muito mais, sentir muito mais, e conhecer muito mais. Aprender a ser felizes, aprender que na vida há momentos perfeitos e que enquanto sozinhos naquela praia, o Mundo era só nosso, nem que fosse por um bocado.
Foi naquela tarde de outono, que unimos toda a nossa força e todo o nosso amor. Foi como o alinhar das estrelas que vistas de baixo formavam um coração.
Estávamos tão fortes que ninguém podia destruir aquele momento de felicidade.
Ficamos a olhar o mar e a descobrir a beleza nas coisas mais simples, mesmo uma gaivota que rasava a sua asa na franja da onda ou aquele deserto de areia que a praia exibia...
Tudo o que sonhei está aqui, embora às vezes nem acredite, mas a verdade é que neste filme somos só nos dois, e dele, fazemos o que quisermos, está tudo nas nossas mãos. A felicidade, a magia, o romance, a comédia, a tristeza, e todos esses sentimentos que nós conhecemos por uma simples palavra que nos une: AMOR.

Hoje voámos!
Voámos na onda de um beijo!
E ficou a promessa de que voltaríamos aquela praia!