quarta-feira, 11 de abril de 2012

[Des]coberta

Viajo ao som da mais bela balada de amor que me envolve e me transporta para um lugar que eu próprio desconheço.
Toca, toca tão suavemente que interseta o meu ouvido e alucina-me a mente como um truque simples de magia.
Encontro aquilo tão procurado universalmente. E essa tal descoberta fica para mim, na metade, porque tenho medo, porque fujo, porque não o sei e porque no fundo até sei!
Deixo-me então ser levado nessa louca aventura que me empurra para a corrente forte de um rio sem ponto de chegada conhecido para mim.
Sinto uma brisa passar-me na cara que me neutraliza por dentro, me limpa de ódios, de rancores e de tristezas. Fico ali, despido de tudo, como uma árvore que perde as suas folhas verdes estação após estação!
Sou dono da vida, da minha que é minha. Mas nela tenho os sonhos, que não são meus, então, de que posso ter eu a certeza?
Apenas da incerteza que, sucessivamente me tem surpreendido. E os sonhos que permanecem na minha mente, ganham asas com a chegada de novos ares, de novas terras, de novas pessoas e de novos pensamentos, que não irão passar disso, de pensamentos despejados em mim que não saíram à rua por serem os certos, mas os que ninguém concorda ou quem concorda diz discordar.
Agora, a certeza que tenho é que o som que me transporta é o do batimento da vida, do pulsar do meu coração ao encontro daquilo que quero! 


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