quinta-feira, 4 de abril de 2013

(IN)Destino

Talvez não seja a caneta a falhar, talvez algo te diga para não escrever, algo te chama à razão para o real. Mas do que seria o real sem o irreal?
Talvez aquele ardor no nariz a puxar a lágrima da emoção seja o melhor, ou talvez não.
Pode a música já não te embalar à noite nem te alegrar o dia. Pode até o vento soprar contrário às tuas convicções. Até o tempo insiste em chover enquanto tu queres dias de sol quente.
Mesmo assim, até o escuro continua a ser o teu melhor amigo, o que está lá na altura de decisão e pensamento.
Pode a comida já nem te saber ao mesmo e as brincadeiras que tinhas já não serem o que eram dantes. Mesmo os medos que até então te atormentavam, hoje são inexistentes e funcionaram como sempre, numa aprendizagem e num complemento pessoal.
Mas independentemente de tudo, tu continuas aqui. Escutas a mesma música e ris dos mesmos motivos. Não perdeste aquele teu sentido de humor que sempre te caracterizou e ainda choras por algo que para ti é desconhecido até então. No fundo, vives e nada mais!
A verdade é que o real é feio, escuro e sem graça. O sonho é tão mais bonito e colorido, e faz acreditar, vibrar.
Talvez no fim, a vida se resuma a um sonho, ou não. Mas de que vale viver todos os desafios ridículos do real se no final acabamos todos por ter o mesmo destino!?
Talvez seja melhor passar todo o tempo a viver no sonho, no final de contas, quem passa a efémera aventura da vida a viver no mundo irreal completa as mesmas etapas do jogo e chega ao final com o mesmo mérito… 


1 comentário:

Anónimo disse...

o sonho é o motor da vida embora seja
difícil de viver e conviver com ele, pois muitas vezes parece inatingível mas sempre mais agradável que a realidade carla silva