sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Querer

Hoje quero o infinito.
Quero-te a ti,
Quero a felicidade,
Quero viver!

Quero-me despedir delas, que só me têm feito mal!
Quero jamais fugir dos meus medos,
Quero ir ao teu encontro,
Quero derrubar qualquer preconceito deste Mundo!

Quero ser a geração da Mudança, ou melhor, já sou! Quero correr à frente do tempo, para viver tudo à flor da pele. Quero um sorriso sincero nos lábios de quem me beija na rua, quero um abraço forte daqueles que me chamam de Amigo, quero uma palavra verdadeira, seja ela boa ou má, das pessoas que eu amo. Quero no fundo, viver num Mundo sem farsas, num Mundo verdadeiro. Não quero que pessoas me apertem a mão se não gostam daquilo que sou, não quero a cortesia dos conhecidos nem a honrosa falsidade daqueles amigos! Não quero, já disse que não quero!
Quero ser como um relógio, sempre em movimento que até parado está certo duas vezes por dia. Quero erradicar os rótulos que me cegam! Quero cultivar a verdade que me ilumina, quero amanhã acordar e ver um dia lindo com um sol normalmente quente! Quero uma água fresca e uma fruta que seja da época! Quero ver o Mundo cantar em nome daquilo em que efetivamente acredita! Quero a nova geração toda aqui, com a devida exclusão de poeiras que ainda planam no ar! Quero tudo e não quero nada! Quero tanto e quero tão pouco! Quero a multidão junta e quero um segundo a sós com a minha ausência! Quero as ruas cheias de música alegre! Quero acabar com tudo o que me enevoe-se a vista!
Hoje, quero alguma coisa tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa para esta sociedade suja e gasta! Quero a junção de todos os continentes e o abraço dos irmãos distantes! Quero a união duradoura e não a diversão efémera! Quero sentir tudo na palma da minha mão! Quero, portanto, aproveitar esta estadia no globo, ver de vários ângulos a mesma coisa e perceber que a cada olhar tudo me parece diferente. Quero conhecer, concretizar e assimilar!
Assim que chegar a hora, quero partir e jamais voltar, deixar a minha história escrita num bilhete posto numa garrafa que andará à deriva no mar turbulento, depois, quero partir num barco pelos caminhos de um rio, dispensando as flores e preferindo pedaços de canções de amor em papéis às cores!
Vivemos a vida toda a querer, mas é simples, o que fazer durante toda ela, querer, ou não querer?
Se quisermos alcançamos, se não quisermos, não vivemos!


3 comentários:

Anónimo disse...

esta muito bom parabéns :D

Anónimo disse...

Cada palavra que escreves cai-me como álcool nas feridas. Aquele arrepio de dor e culpa que sentimos várias vezes.
Continua assim! Nós precisamos de artistas como tu, Miguel :)

Jane Harvey disse...

A tua escrita, é cativante sem dúvida alguma.
No fundo, penso que descreves o que todos ansiamos, o impossível, o inalcançável, a felicidade completa, o infinito, o fim de todas as farsas e das falsas amizades.
Gostei especialmente desta parte; "quero partir e jamais voltar, deixar a minha história escrita num bilhete posto numa garrafa que andará à deriva no mar turbulento"...

Love,
Jane Harvey