Pisei a areia! Esta modelou-se aos meus pés, as ondas do mar embatiam nas minhas pernas enquanto tal vento norte me passava na face.
Continuei a vaguear e a comparar a inconstância das ondas com os sentimentos que carregava. Muitos foram os pontos de interrogação que saltavam a cada passada. Cada recordação que me subia à memória proporcionava uma lágrima salgada que descia o meu rosto, e assim o mar ia enchendo...
Sentei-me mais adiante num rochedo que o mar tinha trazido para mim, sentei-me, e os momentos de nostalgia seguiram-se uns atrás dos outros.
Momentos passados, momentos acabados e outros ainda que não sei se chegaram a ter um fim. Pontas soltas andam à volta na minha cabeça e, enquanto isso pensava eu:
“Mas porquê?
Elas andam a tentar voar contra o vento forte,
E nunca desistem,
Mesmo sabendo que pode ser impossível,
E eu, eu aqui neste súbdito momento de solidão e desalento...”.
Nesta altura gostava de ser gaivota para ter aquela força... E no fundo ter asas. Não me basta voar em sonhos, quero voar mais alto, ver o Mundo de outro ponto, e de lá de cima ter a perceção de que somos todos iguais, ninguém é maior que ninguém nem mais que o outro.
O dia já está a acabar e as emoções que ele me trás são as que a noite me leva.
Pegadas, levam-nas o mar,
Palavras levam-nas o vento,
E sonhos, esses... Levam-nos o tempo!
5 comentários:
Muito bom !
Gosto **
lindo!! Adorei mesmo!
Escreves de uma maneira incrivél
Adoro :D
olá, escreves muito bem, gostei mesmo! continua assim :)
p.s. segue-me sff
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