sábado, 6 de novembro de 2010

Ao que parece, ele não se esquece...


Pisei a areia! Esta modelou-se aos meus pés, as ondas do mar embatiam nas minhas pernas enquanto tal vento norte me passava na face.
Continuei a vaguear e a comparar a inconstância das ondas com os sentimentos que carregava. Muitos foram os pontos de interrogação que saltavam a cada passada. Cada recordação que me subia à memória proporcionava uma lágrima salgada que descia o meu rosto, e assim o mar ia enchendo...
Sentei-me mais adiante num rochedo que o mar tinha trazido para mim, sentei-me, e os momentos de nostalgia seguiram-se uns atrás dos outros.
Momentos passados, momentos acabados e outros ainda que não sei se chegaram a ter um fim. Pontas soltas andam à volta na minha cabeça e, enquanto isso pensava eu:

“Mas porquê?
Elas andam a tentar voar contra o vento forte,
E nunca desistem,
Mesmo sabendo que pode ser impossível,
E eu, eu aqui neste súbdito momento de solidão e desalento...”.

Nesta altura gostava de ser gaivota para ter aquela força... E no fundo ter asas. Não me basta voar em sonhos, quero voar mais alto, ver o Mundo de outro ponto, e de lá de cima ter a perceção de que somos todos iguais, ninguém é maior que ninguém nem mais que o outro.
O dia já está a acabar e as emoções que ele me trás são as que a noite me leva.
 
Pegadas, levam-nas o mar,
Palavras levam-nas o vento,
E sonhos, esses... Levam-nos o tempo!



5 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom !

Veronica Martins disse...

Gosto **

Teresa disse...

lindo!! Adorei mesmo!

Anónimo disse...

Escreves de uma maneira incrivél
Adoro :D

viviana disse...

olá, escreves muito bem, gostei mesmo! continua assim :)

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