domingo, 23 de outubro de 2011

A Mudança

Sinto uma brisa diferente, mais fria do que o costume, mais forte e menos bonita.
Vejo a imensa chuva que cai e ressalta no chão e molha quem passa. Sinto o cheiro triste das folhas pisadas na grande avenida e o aroma quente das castanhas que são vendidas para aquecer as mãos de quem as compra.
Vejo tudo nesta cidade! Mas onde estou eu?
Será que no meio de tudo isto me consigo encontrar e dar comigo nos intervalos de chuva que passam tantas caras apagadas?
Já não vejo o sol, esse despediu-se por uns longos tempos, o castanho cor de avelã que os meus olhos tinham, passam a um castanho escurecido!
Vejo tudo de forma igual, apenas esta chuva que me molha os pés me deixa desconfortável. Talvez ouvi-la a bater nos estores quando estou em casa não me faça diferença, mas quando piso o terreno a descoberto onde ela incide a opinião muda, e sinto tanta injustiça nesta sociedade!
Parece que tudo fica tão feio, só me apetece fugir!
Mas hoje vai ser diferente!
Vou sair de casa de mente aberta e completamente natural, vou deixar-me tão simplesmente ser molhado por ela, vou atingir aquele estado do nada em que não vou pensar, nem que seja por um efémero minuto, vou limpar a mente de tudo o que são vultos de lençol branco e ódios, vou deixar o vento me guiar pelos caminhos da chuva, no fundo, vou viver sem me preocupar com nada! Vou ser feliz aproveitando o que cada dia tem a oferecer sem pensar no passado, vivendo o presente sem planear o futuro! Vou viver!


3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns amor, mais um excelente texto!
espero que consiga sempre fazer-te feliz e que n seja o tempo a deixar-nos distantes, no que depender de mim n ha chuva que nos possa afastar *.*

AMO-TE <3

AC

Tatiana disse...

Simplesmente Lindo
Continua assim :D

Anónimo disse...

As vezes nao é a chuva , a chuva e somente a simples chuva;fenomeno meteorologico...
que nos deixa incofortaveis mas sim a "chuva" ,a chuva que cai dentro de nós e nos faz sentir sozinhos e incompreendidos

C4
1987